A conversa na sala fluía sobre os rumos da economia brasileira no novo governo Lula, quando cálculos e projeções foram interrompidos por uma indagação de quem até então não participava da pequena reunião de casais: “mamãe, como eu arranjo uma namorada”? Com o celular pendurado em uma das mãos, o pequeno Klaus, de 6 anos de idade, olhava para os rostos atônicos, à espera de uma sinalização, seja lá de quem agora fosse. “Uma namorada, como eu consigo”? A primeira reação do grupo veio de quem não estava interessada em ajudar o menino. “Carla! Carla, filha! Cadê você?”, gritou a esposa de uma das visitas, à cata da menina que brincava em um dos cômodos da casa com a prima gêmea Stela. “Como assim, filho, uma namorada?”, disse a mãe de Klaus, tentando ganhar tempo para um melhor entendimento do momento que se passava. “É! Uma namorada, mas eu quero uma grande!”, piorou a situação o menino. Em meio aos risos da macharada e do desespero da anfitriã, o alívio da mãe de Carla: “Filh